domingo, 15 de novembro de 2009

A PALAVRA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
MESTRADO EM LÍNGUA PORTUGUESA
DISICPLINA: TEORIA E PRÁTICA DE LEITURA
PROFESSORA: MARIA TERESA CONÇALVES PEREIRA
ALUNA (ouvinte): HELENA MESQUITA DIAS MARQUES



Os baobás muito velhos, assim como as histórias
na mente de um contador, não morrem nunca.
(ditado africano)


De onde vêm as histórias?
De onde e desde quando, vem este desejo do homem de contar e ouvir histórias?
Quem se encarrega em não deixá-las morrer?

PRIMEIROS CONTADORES PROFISSIONAIS:
Na Europa Central: bardos (cronistas – recitavam genealogias, acompanhados de instrumentos musicais e cantadores de louvores, que cantavam os feitos de seus líderes).
Na África: os griots ou akpalôs (contavam histórias das tribos) e os arokins (eram encarregados de relatar fatos heróicos).
LENDA AFRICANA: Kwaku Ananse (a aranha ou o Homem Aranha) - desejava possuir as histórias de Nyankonpon (o deus do céu, o todo-poderoso) para dá-las a seu povo.
LENDA ÁRABE: Sherazade - usa seu dom de contadora para salvar a própria pele.

Mas será que só pode ser considerada uma história, aquilo que lemos em um livro ou ouvimos de um contador oficial? Será que a novela das oito não reproduz o comportamento de Sherazade, que vai aos poucos enredando, enfeitiçando dia após dia?

A linhagem dos contadores vem sendo acrescida através dos séculos até os nossos dias, passando pelos menestréis, trovadores, cordelistas, locutores de rádio e televisão, pastores, padres, apresentadores de programas de auditório, sempre encontrando quem os escutasse.

MATOS, Gislayne Avelar. A Palavra do Contador de Histórias.São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.203.

RESUMO
Neste livro, a autora, Gislayne A. Matos, revela-nos o surpreendente fenômeno atual do ressurgimento dos contadores de histórias e a dimensão educativa da palavra do contador de histórias na contemporaneidade.
Num mundo grafocêntrico em que vivemos, causa, no mínimo, estranheza o retorno da narrativa oral e a volta da figura do contador, peculiar a culturas anteriores à escrita ou restrita a grupos rurais.
A autora busca em obras de antropólogos, historiadores, psicanalistas e estudiosos das tradições orais os pressupostos teóricos da narrativa oral e seus contadores, tecendo com maestria as teorias e os dados empíricos.

• POR QUE O SEU INTERESSE PELOS CONTADORES DE HISTÓRIAS? – Gislayne é herdeira de seu avô na arte de contar histórias. Mestra em educação, terapeuta sistêmica e especialista em arte-terapia e arte-educação, coordena o projeto Convivendo com Arte, para a formação de novos contadores e a pesquisa de contos da tradição oral e suas diversas funções. É co-autora, com a africana Inno Sorsy, do livro O ofício do contador de histórias.

• A PALAVRA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS
Interlocução: Amadou Hampâté Bâ _ “filho legítimo da tradição oral, um diplomado da Grande Universidade da Palavra ensinada à sombra dos baobás” é eleito o principal interlocutor na apresentação da pesquisa de Gislayne A. Matos.

• Para definir a imagem do contador de histórias, Gislayne apóia-se nos ensaios “O narrador” e “Experiências e Pobreza”, de Walter Benjamin.

• O repertório – O Conto de Fadas.
 Walter Benjamin - “O conto de fadas dá-nos notícia dos ritos mais antigos que a humanidade instituiu para espantar o pesadelo que o mito depositara no seu peito. Mostra-nos, na figura do bobo, como a humanidade se faz de boba diante do mito; mostra-nos na figura do irmão mais moço como aumentam suas chances com a distância em relação ao tempo mítico primitivo; mostra-nos na figura daquele que parte aprender o temor que as coisas de que temos medo são transparentes; mostra-nos na figura do inteligente que as perguntas que o mito faz são simplórias, a pergunta da esfinge; mostra-nos na figura dos animais a criança do conto de fadas, que a natureza não está obrigada apenas em relação ao mito, mas prefere reunir-se em torno do homem. O mais aconselhável _ assim o conto de fadas ensinou há tempos, à humanidade, e ainda hoje ensina às crianças _ é enfrentar os poderes do mundo mítico com astúcia e superioridade”. (p.XXVI 3&)

 Amadou Hampâté Bâ - “Os mitos, contos, lendas (...) frequentemente constituem para os sábios dos tempos antigos um meio de transmitir, ao longo dos séculos, de uma maneira mais ou menos velada, pela linguagem de imagens, os conhecimentos que, recebidos desde a infância, ficarão gravados na memória profunda do indivíduo, para ressurgirem, talvez, no momento apropriado e iluminado por um novo sentido (...). Eles são a mensagem de ontem, destinada ao amanhã, transmitidas no hoje.” (4& p. XXVI a XXVII).


• A DIMENSÃO EDUCATIVA DA PALAVRA DO CONTADOR DE HISTÓRIAS NA CONTEMPORANEIDADE

 Walter Ong (sacerdote jesuíta - historiador e filósofo) “[...] o homem contemporâneo, sobretudo o urbano, dá sinais de necessitar de um relato não-mediado, em que a presença do outro ao ‘alcance das mãos’, um outro que ‘se dirija a mim, que me olhe, me emocione’, torna-se essencial”. “O sentimento de unidade que o contador é capaz de propiciar, por meio de sua palavra, talvez esteja funcionando como uma das saídas possíveis desse túnel de individualismo, de isolamento, de indiferença pelo outro e de intolerância com a alteridade próprios da contemporaneidade, que parece minar o reconhecimento do que há de humano numa ‘comunidade’ de humanos: já não nos reconhecemos e entretanto...somos tão semelhantes.” (1º / 2º & p. XXXII)

 Áreas de estudo: na Literatura (importante coleta de contos); antropologia e etnologia (interesse pelos aspectos ligados às culturas orais, nas quais os contos têm função de coesão social); psicologia (busca as possibilidades terapêuticas dos contos). Nas áreas das ciências sociais e da educação, o tema ainda é pouco explorado.


CAPÍTULO I – A PALAVRA POÉTICA DOS CONTADORES DE HISTÓRIAS.
O capítulo trata da “palavra” do contador de histórias.
“Os contadores de histórias são guardiões de tesouros feitos de palavras, que ensinam a compreender o mundo e a si mesmos. Eles semeiam sonhos e esperanças. São carinhosamente chamados de ‘gente das maravilhas’ pelos árabes”. (1º& p. 1)

Quanto à linguagem: O texto é articulado por uma polifonia de vozes; contudo, dois teóricos (antropologistas religiosos) Ernest Cassirer e Mircea Eliade e o tradicionalista Amadou Hampâté Bâ representam o tripé do capítulo.

O mito
A antropologia religiosa, segundo Fernando Schwarz, postula que o mito é uma expressão existencial do homem, cujo pensamento simbólico torna possível sua livre circulação por todos os níveis do real. O mito faz com que o homem “não se sinta mais fragmento impermeável, mas um cosmo vivo reunido a todos os outros cosmos vivos que o rodeiam”.
• Para Cassirer, o homem não é mais considerado simplesmente um ser físico e emocional. Graças à sua imaginação, ele é capaz de criar símbolos, que são “pontes” entre o céu e a terra. Ele é reconhecido como homo simbolicus.
• Já Mircea Eliade cunha o conceito de homo religiosus: aquele que pode reconhecer em si mesmo a irrupção de uma visão transcendente e globalizante. Seus estudos colocam em evidência os invariantes do homem, a saber: o Sagrado, os Mitos e os Símbolos, estabelecendo vínculos de compreensão entre os homens de culturas e de épocas diferentes.

• POR QUE A VOLTA DOS CONTADORES DE HISTÓRIAS?
“Se há épocas em que os ouvidos e os corações se fecham para o mágico e o poético, outras, entretanto, encontram o home pronto a se encantar novamente. Talvez estejamos vivendo mais uma dessas épocas, o que explicaria o retorno dessa ‘gente das maravilhas’”. (p. 1/ 2)

• QUANDO SE DEU? – na década de 70. Em fevereiro de 1989, colóquio internacional no Musée National dês Arts et Traditions Populaires, de Paris. (350 participantes representaram catorze países).
No Brasil (1992), Primeiro Festival de Contadores de Histórias realizou-se em Belo Horizonte.

As ideias que os contadores de histórias fazem de sua “palavra”.
Em confronto com ideias de teóricos ou tradicionalistas a “palavra” passa a ser observada a partir de três ângulos
a) Sua natureza: descende da Palavra (sentido divino).
b) Sua especificidade como texto (sentido bakitiniano do termo – produção humana).
c) A palavra que cria: poética dos contadores de histórias – performance própria da poética oral. (cap.II)


O PRIMEIRO ÂNGULO: A PALAVRA REVELADA. (mítica, sagrada). (p. 5 – 16)
“Em sua grande maioria, os contadores de histórias, ao definirem a palavra dos contos, ressaltam nela uma natureza espiritual, sagrada, carregada de poder (...)” (p. 7)

NA BÍBLIA:
(Mateus 8:6-13) Jesus viu a fé nas palavras do centurião e apenas concordou com elas. Há poder na palavra e nós precisamos aprender a usá-la para curar e libertar as pessoas.

NA LITERATURA:
(Shakespeare, Rei Lear, Ato I, Cena IV) – Bobo: Se eu falar sobre isso como costumo, que seja chicoteado o primeiro que me compreender.
Um dos personagens abordados de forma mais injusta pelo senso comum é o bobo da corte. Com o tempo a imagem que se fez dele transformou-o justamente no seu contrário. O bobo não era a figura caricata que tenta agradar o soberano para colher algumas migalhas do banquete do poder. É, pelo contrário, aquele que diz verdades tão profundas a ponto de precisarem ser travestidas de pantomimas para serem apresentadas aos mortais. Só o bobo, pela sua loucura, é capaz de contrariar todos os interesses, deixar de lado todas as manobras, desvelar-se de tudo que é subterrâneo; portanto, seguro para dizer na cara do rei as coisas desagradáveis.
NA PSICANÁLISE:
Clarissa P. ESTÉS: “Sempre que se conta um conto de fadas, a noite vem. Não importa o lugar, não importa a hora, não importa a estação do ano, o fato de uma história estar sendo contada faz com que um céu estrelado e uma lua branca entrem sorrateiros pelo beiral e fiquem pairando acima da cabeça dos ouvintes. Às vezes, ao final de um conto, o aposento enche-se de amanhecer; outras vezes um fragmento de estrela fica para trás, ou ainda uma faixa de luz rasga o céu tempestuoso(...)”(Posfácio p. 567)

A natureza da Palavra (p. 6 – 14)
• Ernest Cassirer (Linguagem e mito): “ Nos relatos da criação de quase todas as grandes religiões culturais, a Palavra aparece sempre unida ao mais alto Deus Criador, quer se apresente como instrumento utilizado por ele, quer diretamente como fundamento primário de onde ele próprio provém, assim como toda existência e toda ordem de existência. O pensamento e sua expressão verbal costumam ser aí concebidos como uma só coisa, pois o coração que pensa e a língua que fala se pertencem necessariamente.” (p. 7)

• Amadou Hampâté Bâ: “Além da função da memória, que é mais desenvolvida, o importante nas sociedades orais é a força que tem a palavra e o laço que a une ao homem. Onde não há escrita, o homem está ligado à sua palavra, e sua palavra testemunha quem ele é.” (p. 9)
Nas sociedades de tradição oral, “um conto é a mensagem de ontem, destinada ao amanhã, transmitida no hoje.”(p.13)

Os cuidados com a “palavra” (p.14 - 16)
“A palavra dos contos tem se mantido viva, pois a sua estrutura ou o esqueleto da história como um núcleo cujo conteúdo arcaico e arquetípico é intocável e deve ser resguardado”.

• Roberto Carlos Ramos (p.16) “A história em si, ela tem uma força. Algumas histórias existem há trezentos, quatrocentos anos, porque têm uma força que as mantém vivas. Elas não precisam de nenhuma tecnologia para serem passadas. Mantiveram-se vivas por trezentos, quatrocentos anos, pela força das pessoas e das verdades que elas encerram. A história, por si só, é viva.”

• Clarissa Pinkola Estés: “Antigos anatomistas falavam de o nervo auditivo dividi-se em três ou mais caminhos nas profundezas do cérebro. Eles concluíram que o ouvido devia, portanto , funcionar em três níveis diferentes. Um deles seria o das conversas rotineiras da vida. Um segundo seria dedicado à aprendizagem e à arte. E o terceiro existiria para que a própria alma pudesse ouvir orientações e adquirir conhecimentos enquanto estivesse aqui na terra. Ouçam, portanto, com a escuta da alma agora, pois é essa a missão das histórias.” (p. 41 e 42. cap.1).
• “Na maioria das vezes, contamos histórias quando somos convocados por elas, não o contrário.” (p. 567 – Posfácio – ESTÉS)



O SEGUNDO ÂNGULO: A PALAVRA TECIDA. (p. 17 – 51)
• Walter Ong “’Texto’, cuja raiz significa ‘tecer’, é, em termos absolutos, mais compatível com a enunciação oral (...). O discurso oral tem sido geralmente considerado em ambientes orais como tecer ou alinhavar.”

• Amadou Hampâté Ba “Nas sociedades de tradição oral, o discurso está estreitamente relacionado ao ofício do tecelão (...) Nos ofícios artesanais tradicionais, os gestos são considerados linguagem que reproduz, no simbolismo que lhe é próprio, o mistério da criação primordial ligada ao poder da Palavra: ‘O ferreiro forja a palavra, o tecelão a tece, o sapateiro a alisa, curtindo-a.’”


O TEXTO COMO PRODUÇÃO HUMANA
“O texto enunciativo do contador de histórias é o conto, mas o conto no texto do contador de histórias é apenas um dos fios da sua tecelagem.” (p.18)

Amadou Hampâté Bâ: “O conto de tradição oral pode ser percebido em vários níveis: a) puramente recreativo _ divertir e distrair crianças e adultos _ iniciação às regras morais, sociais e tradicionais da sociedade; b) suporte de ensinamento; c) iniciático _ ilustra as atitudes a imitar ou a rejeitar, as armadilhas a discernir e as etapas a vencer.” (p.18/19)

Pierre N’Dak: “Nos contos, a dupla função de educar e divertir é indissociável. Se fizermos do conto africano uma simples diversão, ele não é conto; se fizermos dele um curso de moral ou de filosofia, nós o desfiguramos da mesma forma. O conto é ao mesmo tempo fútil, útil e instrutivo.” (p.19)

O primeiro nível (puramente recreativo)
Pierre N’Dak “O conto é uma brincadeira, mas uma brincadeira organizada, uma brincadeira oral que deve interessar e divertir antes de instruir e formar”. (p.20)

Jean-Paul Eschlimenn “Aponta a primeira característica do conto, que é a de criar um espaço “fora”, onde a telescopagem do passado e do presente e a igualdade fundamental dos participantes tornam-se possíveis. (...) É a área onde se dá a brincadeira, o lúdico, contrastada com a realidade psíquica interna, ou pessoal, e com o mundo real em que o indivíduo vive, que pode ser objetivamente percebido. [...]
O espaço do conto é um espaço potencial na medida em que ele aconchega, quebra barreiras, institui as igualdades; é um espaço de confiança e de afeto.” (p.20/21)

“As simples fórmulas introdutórias: “Era uma vez”, “Há muito tempo” (...) que abrem os contos já são suficientes para nos transportar a esse lugar “fora”, esse espaço potencial de criação”. (p.22)

“O mundo para o qual se evade, por meio da palavra do conto, é um mundo fantástico, de maravilhas e impressões, que sutilmente nos remete ao nosso próprio ser, com tudo que isso possa significar.” (p.23)
George Jean _ Pour une pédagogie de l’imaginaire “O termo imaginação designa grosseiramente a faculdade pela qual o homem é capaz de reproduzir _ em si mesmo ou projetando fora de si _ as imagens armazenadas em sua memória. [...] O imaginário seria, então, o termo que designa os domínios, os territórios da imaginação (...)”(p.24/25)

(...) sobre a gênese da inteligência infantil Piaget mostrou que a capacidade de representação, que segundo ele precederia a linguagem verbal, é condição necessária, embora não suficiente, para que as faculdades mentais se desenvolvam.
A consciência que temos dos objetos ausentes à nossa percepção atual é uma consciência que nos permite tomar distância da realidade concreta, tangível, histórica na qual estamos inseridos. (p.25)

Eliana Stort (p.26/30) _ relaciona seis funções da imaginação:
1. Função objetivadora e libertadora. [...] o conto permite o controle da angústia, porque ele nomeia o inominável, permite à criança não mais ficar “à mercê”.(...) Não estando mais à mercê da angústia, a criança pode nomeá-la, identificá-la e sobretudo exteriorizá-la.”Louis Venet

2. Função comunicativa, de autoconhecimento e de conhecimento do mundo.

3. Função crítica: Marc Lindenfeld – efeito terapêutico - (p.27)

4. Função de apoio ao desenvolvimento racional. “Sem imaginação não há desenvolvimento possível dos indivíduos. Imaginação não é apenas devaneio, sonho, invenção do nunca visto; ela intervém nos processos os psíquicos e corporais e antes de tudo na linguagem” (George Jean)

5. Função motivadora. “O conto responde a essa dupla aspiração. Ele explica os mistérios do universo e, ao mesmo tempo, corrige com sua varinha de condão uma realidade imperfeita, injusta. Porque a esperança é sempre o milagre, o maravilhoso (...). É criando um mundo fantástico que o conto se revela próximo da realidade.” (Luda Schnitzer)

6. Função criadora – Christian Viallon “o conto, ao nos falar de situações nas quais podemos nos reconhecer, ajuda-nos a recriar nossa própria história. (...) o universal do conto, em relação com o particular do indivíduo, favorece a função criadora, possibilitando a transformação.”


Último tópico _ Hampâté Bâ: Aprendizagem da língua:

Suzy Platiel (linguista) “O conto pode representar um papel importante na aprendizagem e no domínio da linguagem, que leva à construção e à formação da identidade da criança. Nesse sentido, três pontos devem ser ressaltados: a) ativação dos mecanismos de simbolização que sustentam a utilização das palavras e o funcionamento da linguagem; b) construção da relação espaço/tempo; c) domínio da linguagem e desenvolvimento das estruturas discursivas.” (p.31/32)

O segundo nível (suporte de ensinamento para a iniciação às regras morais, sociais e tradicionais da sociedade) (último parágrafo p. 39)
Amadou Hampâté Bâ “Na África, na falta dos livros, o ensinamento se encontra nos contos, nas máximas, nas lendas. (...) Para nós, tudo é escola...nada é simplesmente recreativo (...) Quer seja pelos contos, pelos cantos, pelas palavras, nada, na África, é realmente uma simples distração. (...) A tradição oral é a grande escola da vida, ela cobre e concerne a todos os seus aspectos.” (p.40)


Terceiro nível (iniciático) (p.41)
Os etnólogos distinguem três tipos de iniciação: a tribal, a religiosa e a mágica.
a) A tribal assegura a passagem da puberdade ao estado adulto; é uma iniciação profana.
b) A religiosa assegura a passagem do profano ao sagrado, permitindo integrar o indivíduo ao sagrado.
c) A iniciação mágica ou xamânica exige o abandono da condição humana profana para ascender à posse de valores sobrenaturais. (p.42)

Que relação pode haver entre a iniciação daquela sociedade e as buscas de autoconhecimento na sociedade contemporânea, e como o conto responde a anseios nesse sentido?
A iniciação está relacionada ao “sentido da vida”, que por sua vez associa-se à transcendência. (p.42)

Mircea Eliade “(...) o homem profano descende do homo religiosus e não pode anular sua própria história [...] a crise existencial é ‘religiosa’ [não no sentido institucional, mas no sentido de re-ligare], visto que, aos níveis arcaicos de cultura, o ser confunde-se com o sagrado. (...) é a experiência do sagrado que funda o mundo (...)”(p.44/45)

“(...) graças aos símbolos, o homem sai de sua situação particular e se abre para o geral e o universal. Os símbolos despertam a experiência individual e transmutam-na em ato espiritual, em compreensão metafísica do Mundo.” (p.46/47)

Catherine Zarcate “Eu diria que, hoje, o conto substitui Deus. Nesse desejo de uma espiritualidade que sinto atualmente, o conto é o último passo profano antes da palavra sagrada. É uma palavra sobre o ser, num mundo do ter. É uma palavra viva. (...) As pessoas buscam isso, e buscam igualmente o ensinamento que há nos contos.” (p.46)

Jung “(...) o inconsciente pessoal recolhe tudo que recalcamos e o que ainda não percebemos, do nascimento à idade atual. São os medos, os desejos e outras tendências de nossa psique, incompatíveis com nosso eu. Os materiais contidos no inconsciente pessoal têm por característica o fato de poderem vir a ser conscientes. O inconsciente coletivo é formado pelo conjunto dos instintos e seus correlativos, as ‘imagens primordiais’ que ele chamou de ‘arquétipos’”. [...] no nível do inconsciente coletivo, mitologia e psicologia são sinônimos e que a sentença do templo de Delfos (‘Conheça-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e seus Deuses’) nos convida a tomar consciência do inconsciente coletivo e de seus arquétipos a fim de nos realizarmos.” (p.48)
“Se, por um lado, a teoria do inconsciente coletivo liga o homem profano ao seu ancestral religioso, por outro lado, a psicanálise, apesar de todo o ceticismo de seu criador, que reduziu radicalmente os fenômenos religiosos a fenômenos psíquicos, mantém ainda o padrão iniciático, próprio das sociedades tradicionais.” (função terapêutica) (p.49)

Hampâté Bâ: “Na dimensão espiritual, o conto tem suas correspondências com o nosso próprio mundo interior. O mundo de significações ocultas, por trás das aparências das coisas, o mundo dos símbolos em que tudo é significante, em que tudo fala para quem sabe escutar.” (p.50)

“(...) como um organismo dinâmico, a ‘palavra do contador’ é viva e mutante; ela pulsa, respira e escorrega quando se tenta prendê-la, mas pode ser muito generosa com aqueles que sabem respeitá-la em suas particularidades.” (p.51)

“Contar histórias é um ato de troca, de compartilhamento, de deixar marcas e criar a ilusão de eternidade”. (Albuquerque)



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ALBUQUERQUE, Maria Clara Cavalcanti de. O Ato de Contar. http://www.leiabrasil.org.br/textos/
BRENMAN, Ilan e VIVLELA, Fernando. Contador de Histórias de Bolso – África. São Paulo: Moderna, 2008.
COELHO, Betty. Contar Histórias uma arte sem idade. São Paulo: Ática, 2006.
ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
LEAL, José Carlos. A natureza do conto popular. Rio de Janeiro: Conquista, 1985.
MACHADO, Regina. Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte de contar histórias. São Paulo: DCL, 2004.
TAHAN, Malba. A arte de ler e contar histórias. Rio de Janeiro: Conquista, 1961.

sábado, 14 de novembro de 2009

CURSO ON LINE : FAZER A PONTE

Maiores informações:
http://www.aquifolium.com.br/educacional/ponte/#insc

terça-feira, 20 de outubro de 2009

LEITURA, APRENDIZAGEM E TECNOLOGIA

Esse texto me fez lembrar das aulas da nossa professora Maria Teresa... interessante reflexão sobre leitura, aprendizagem e tecnologia.

DE VOLTA PARA O FUTURO
GILBERTO DIMENSTEIN - FOLHA DE S. PAULO
18-Out-2009

A escola não terá função se o professor repetir conteúdos. O bom professor será um gerenciador de curiosidades A POUCAS quadras da minha casa sobrevive, numa livraria, uma espécie em extinção: uma vendedora de livros que adora ler livros -e falar sobre eles. Um dos meus prazeres do sábado é ver Cida Saldanha, com brilho nos olhos, dando dicas, na Livraria da Vila, sobre os últimos lançamentos, especialmente romances, muitos deles nem saíram nas resenhas dos jornais. Desconfio que seu interesse seja menos o de vender um produto do que conversar sobre o encanto da literatura. É uma imagem nostálgica de uma São Paulo provinciana -mas, talvez, nessa espécie em extinção, esteja o futuro. Baseio minha aposta na enxurrada de notícias, publicadas nas últimas semanas, especialmente na semana passada. Pesquisa realizada em Frankfurt, onde ocorreu a maior feira literária do mundo, mostrou que a maioria dos envolvidos no negócio imagina que, em breve, muita gente vai preferir usar os recursos digitais, livrando-se do papel, graças a aparelhos como o Kindle. Isso significa que as livrarias vão desaparecer? Afinal, por que alguém precisaria sair de casa se, em segundos, os livros estarão numa tela, com um preço mais barato e facilidade de leitura próxima a do papel? Talvez saia se for encontrar tipos como Cida -não uma vendedora, mas uma consultora. Todo mundo sabe que existe um novo tipo de leitor surgindo, acostumado à tela do computador. Pesquisa do Ibope sobre os hábitos diante dos meios de comunicação mostra que 30% dos jovens preferem ter encontros virtuais, ou seja, a distância, do que presenciais. Quanto mais jovem, maior essa percentagem e a habilidade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Não é um grupo que desenvolveu o prazer tátil e visual do papel. Já nasceu na era da banda larga. Os mais ricos nunca ouviram o barulho da espera de uma linha discada. Avançam os acordos da Google para a digitalização das obras e aumenta a corrida dos fabricantes para produzir livros eletrônicos mais leves e baratos. Editoras se prepararam para mesclar vídeos às palavras, criando o que se batizou de "vook" (vídeo + book). A banda larga vai ficar cada vez mais veloz e universal. Disseminam-se as lan houses pela periferia. Na semana passada, o governo de São Paulo lançou um plano para baratear o acesso veloz à internet, com redução de impostos; o governo federal já anunciou que pretende gastar R$ 1 bilhão para atingir o mesmo objetivo. A leitura mais detalhada da pesquisa do Ibope reforça o que o Datafolha já tinha detectado sobre os jovens -aliás, uma conclusão encontrada numa pesquisa feita pela MTV. Diante de tanta informação, cresce cada vez mais a confusão e, logo, a demanda por orientação para se saber o que é relevante. A escola não terá função se os professores apenas repetirem conteúdos, isso pela simples razão de que se pode encontrá-los em qualquer hora e em qualquer lugar, devidamente interativos. O bom professor será um gerenciador de curiosidades -e ele próprio terá de ser um curioso. Esse é o principal recado do Enem, o resto é detalhe. Ninguém lerá um jornal impresso se estiveram apenas reproduzidas as informações no dia anterior. Assim como já não se compra um CD porque se pode baixar a música pela internet. Em essência, o que se está demandando é mais qualificação da mão de obra, só isso. Tenho colecionado levantamentos feitos com jovens mostrando a dificuldade de se adaptarem aos empregos pela inabilidade em focar, aprofundar e sintetizar. Estudos de psicólogos de Harvard definem como uma das principais habilidades contemporâneas a capacidade de síntese o que, traduzindo, significa saber o que é relevante. A recuperação do prestígio de personagens como a nostálgica Cida, com seu jeito provinciano baseado no prazer do presencial, apenas informa que a era da comunicação está apressando a era da educação, em que o fato de aprender e ensinar ocorre em todos os lugares. PS - Por falar em leitura e diferentes formas de aprender, começa, nesta semana, uma experiência poética em São Paulo. Serão espalhados por trens e estações de metrô versos dos grandes poetas da língua portuguesa. Coloquei uma seleção dessas obras, algumas delas com áudio, no www.catracalivre.com.br. Na educação do futuro, a escola vai para a rua -e a rua vai para a escola. Nada melhor para desenvolver o poder de síntese do que a poesia.

domingo, 20 de setembro de 2009

Ler: necessidade do Mundo Contemporâneo

Temos analisado as estatísticas que apontam resultados da qualidade dos alunos de escolas públicas, sejam em esfera federal, presidida pelo MEC ou pelo governo estadual e municipal. Aqui, no Rio de Janeiro, a Prefeitura precedeu a uma avaliação e descobriu que temos mais de vinte e cinco mil analfabetos funcionais de segundo ao nono ano.

Isso aumenta a responsabilidade da necessidade de reflexão sobre o que estamos fazendo do ensino da leitura e escrita em nossas salas de aula. Essa situação exige dos professores que pesquisem, mudem sua prática pedagógica, experimentem novas metodologias, apropriem-se das novas tecnologias educacionais em proveito de um fazer pedagógico mais didático, onde a sala de aula possa ter um trabalho de contexto mais significativo e que possa ser instaurada uma maior interatividade entre alunos, professor e conteúdos.
Estamos enfrentando um grande desafio para preparar novos leitores. As crianças e jovens ainda acreditam, na leitura como fonte de conseguirem novas informações. Não podemos sufocar, no nascedouro da leitura, nosso pequeno leitor com regras pré-estabelecidas que conferem à leitura um aspecto de chatice que as afasta dessa prática.
Seja a leitura para obter informação, para construir conhecimento ou entretenimento, há algo em comum em todos esses objetivos: ter um trabalho anterior em relação à semântica, trabalhar vocabulário, enriquecendo as frases com mais palavras, distinguir os diversos significados que uma palavra pode ter de acordo com o contexto frasal. A compreensão é o que nos interessa. Sabemos das dificuldades que têm os alunos do Ensino Fundamental para ler e entender enunciados de questões em exercícios e avaliações. É necessário que a compreensão seja estabelecida a partir do ato de ler como diálogo que se constrói “na inter-relação entre leitor-texto-autor-contexto de produção e de leitura”.

Além dos olhos, que apenas trazem a informação visual, devemos colocar nossa atenção na “informação não-visual”, que depende de conhecimentos prévios sobre o assunto lido.

“(...) É o cérebro que determina ‘o quê’ e ‘como’ vemos, levando em consideração o conhecimento que o leitor já possui sobre o assunto; ou seja, na leitura deve-se levar em consideração o texto impresso (informação visual) e o que está por trás dos olhos do leitor, o que está por trás do texto – o conhecimento que leitor já possui sobre o assunto (informação não-visual).

Quando tentamos ler algo que não faz sentido, quando há ausência de informação sobre o assunto, quando há relutância para usar a informação visual e maus hábitos de leitura o cérebro é sobrecarregado de informação visual provocando a “visão túnel” e isso é um risco comprometedor na aprendizagem de leitura e consequentemente compromete a sua compreensão. (...)”

Precisamos pesquisar para adquirir conhecimentos que são básicos sobre a questão dos mecanismos que nos conferem ferramentas para a prática da leitura. Um desses conhecimentos importantes é saber que existem dois tipos principais de memória: a memória de curto prazo e a memória de longo prazo.

A memória de curto prazo é funcional, retém com brevidade as informações que estamos adquirindo na leitura, se não houver significação ou compreensão sobre tais informações serão esquecidas com rapidez, antes de se chegar ao final do texto, já não estarão mais ao alcance do leitor.

Já a memória de longo prazo é aquela que guarda todas as informações significativas não-visuais, ou seja, é a nossa leitura de mundo. Se adquirirmos novas informações que sejam significativas e coerentes com a visão de mundo estruturado que se possui, o cérebro irá organizar esses novos dados que passarão a integrar uma rede de conhecimentos, que será transformada à cada nova aquisição.

Para afirmarmos que temos compreensão do texto que lemos, temos que ler nos fazendo perguntas sobre o texto. Outra função importante da visão pessoal de mundo é a possibilidade de antecipar, prever eventos futuros; ou seja, criar expectativas sobre o que poderá acontecer em determinadas situações – isso graças à eficiência da teoria de mundo que funciona mesmo quando não temos consciência dela.

A possibilidade de antecipar o que poderá acontecer no desenrolar da leitura de um texto escrito, por exemplo, ocorre graças à previsão que é “a eliminação antecipada de alternativas improváveis”, funciona como uma espécie de adivinhação que ocorre dentro de um contexto provável e compatível com a teoria de mundo. Na leitura de um texto é fundamental a previsão, pois na medida em que lemos vamos criando expectativas sobre o que iremos ler em seguida. Se nossas previsões forem se confirmando, estamos compreendendo, de fato, o texto lido, ou seja, estamos atribuindo sentido à leitura. Isso nos leva a crer que fazer “previsão é fazer perguntas e compreensão é responder essas perguntas”.

Em outras palavras, leitura é fazer perguntas ao texto escrito. Quando lemos extraímos informações do texto de maneira seletiva. A leitura com compreensão fornece respostas às perguntas feitas pelo leitor. Diante de um texto tenho que saber que pergunta fazer para poder compreendê-lo e ter as respostas. As perguntas que fazemos na leitura estão quase sempre implícitas, não temos consciência dessas perguntas e nem de que as estamos fazendo; nem temos consciência de que estamos obtendo as respostas.

Cada vez mais a sociedade, principalmente o mercado de trabalho aponta para a necessidade de um sujeito capaz de resolver problemas, se auto-informar, capaz de pesquisar soluções para seus trabalhos através das várias tecnologias que o mundo moderno oferece. A responsabilidade de formar esse sujeito é da escola. Se não estamos conseguindo nem ao menos alfabetizar nossas crianças, algo está muito errado. Talvez, quem sabe, a questão da insistência de se querer alfabetizar crianças por métodos arcaicos, repetitivos que não dão mais conta da curiosidade, da bagagem de conhecimento tecnológicos que uma criança de seis anos leva para a escola. Lá o que ela encontra, no ensino tradicional, é a negação de tudo o que ela conheceu em seus primeiros anos de vida ou uma escola que usa a tecnologia, mas de maneira inadequada.

Cabe ao professor procurar, através de pesquisa contínua, novas metodologias, aprofundar-se nas descobertas das novas teorias da aprendizagem, que, afinal, nem são tão novas assim. A sociedade respaldada pelas provas, concursos elaborados por uma elite insiste em submeter a população a uma idéia que vale mais a “decoreba”, a quantidade de informação acumulada em vez da qualidade da informação que selecionada pelo senso crítico de cada um poderá alicerçar a construção do conhecimento individual.

A leitura como fonte de prazer e entretenimento pode ser a porta aberta para alcançar o interesse infantil sobre a leitura significativa. Qual a criança que não gosta de revistinhas de quadrinhos? Por que os quadrinhos foram tão desprezados como texto de leitura? Começar por textos pequenos e sem grande valor literário, mas com grande interesse para as crianças pode ser o início de uma relação duradoura e prazerosa entre criança e leitura.

A criança, que é colocada em contato com a prática de ouvir história, lendas, fábulas, poesias e outros, estará se habilitando a compreender textos orais e ter idéia de como se constrói o texto escrito. Uma construção não parte do nada, necessita de elementos para ser iniciada.

Como pessoas comprometidas com a formação de novos cidadãos, vamos colaborar das mais variadas formas para que todas as crianças tenham a chance de realizar seu grande sonho: entrar no mundo moderno equipadas com a maior, mas eficiente e espetacular ferramenta de aquisição de conhecimento: a leitura.
Somente incluindo todas as pessoas no mundo da leitura poderemos realmente afirmar que estamos vivendo a Sociedade da Informação.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A volta da gramatiquice

Nilson Lage *, Jornal do Brasil
FLORIANÓPOLIS - Parece que a iniciativa foi do Pasquale, ao responder à pergunta de um espectador, em programa na TV, em 2004. Que pena! Até simpatizo com ele (já o defendi, em outra oportunidade) por sua tentativa de encontrar um ponto de acordo viável entre o português de casaca e o português de sandálias de dedo. Mas dessa vez foi além das chinelas e quebrou a cara, com Rede Globo e tudo.
“Risco”, .palavra de etimologia nebulosa, tem vários sentidos. Na linguagem jurídica, é “perigo de perda”. A expressão “risco de vida”, nesta acepção, transitou da linguagem cartorária para os textos legais (figura em milhares de leis, decretos e portarias) e daí para o que duvidosamente se chamaria de “norma culta”.
Nada de novo. O mesmo aconteceu com uma infinidade de outras formas linguísticas.
Se as línguas naturais não fossem constituídas de expressões ambíguas, que admitem extensões, metonímias e metáforas, cada ente e cada relação entre entes teria uma denominação, formando um acervo enorme (isto é, tão grande quanto se queira) que, somado à árvore de acesso, exigiria muitos bilhões de neurônios a mais.
Ao tentar substituir “risco de vida”, propuseram “risco de morte”. É algo que, para bem dizer, não sobrevive. “Risco de morte” seria a ressurreição, já que a morte estaria em risco... de viver. Em “risco de morrer”, a palavra “risco” tem outro sentido, de “perigo”, até porque um verbo (“morrer”), sendo a designação de processo, não pode estar “em risco”.
O paradigma é o de casa em chamas>chamas da casa, montanha em erosão>erosão da montanha, filme em exibição>exibição do filme – em suma, ente em processo>processo do ente.
Outro caso é o de “vítima fatal”. A bem dizer, o adjetivo “fatal” exige núcleo nominal agente: disparo fatal, acidente fatal, armadilha fatal etc. No entanto, essa expressão aparece mais de 100 mil vezes na listagem do Google; pode-se, então, dizer que é de uso corrente.
Como seria possível descrevê-la? Trata-se de inversão tal que o núcleo nominal agente torna-se paciente da ação descrita pelo adjetivo; em outras palavras, o nome deixa de ser agente (o disparo) para ser paciente (a vítima) da fatalidade.
Transposições assim não são novidade. Quem lê Machado de Assis encontra com frequência a construção paciente - “aborrecer” - agente. Por exemplo,. “Marina aborrece a ausência de Mário”. Hoje, essa estrutura inacusativa inverteu-se. Assim, “a ausência de Mário aborrece Marina”.
Será que vale a pena impugnar uma construção usual por causa de tais detalhes? Não parece preocupação medíocre quando temos problemas muito sérios de aprendizagem e uso da língua? Exigências dessa ordem não representam desestímulo para quem pretende expressar-se por escrito? Não parece a gramatiquice chata dos sabichões que há um século andavam catando galicismos e discutindo se o certo é “ele me pode dizer”, “ele pode me dizer” ou “ele pode dizer-me”?
* Nilson Lage é jornalista e professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem bacharelado em Letras e ´é mestre em comunicação e doutor em linguística.
21:50 - 04/09/2009

"A ESTRELA SOBE": MAS A QUE PREÇO?

Obra-prima de Marques Rebelo ganha reedição pela José Olympio

Henrique Marques-Samyn*, Jornal do Brasil
RIO - Primeira das obras de Marques Rebelo reeditada pela José Olympio, A estrela sobe retorna às prateleiras 70 depois de sua publicação original. Nome literário de Edi Dias da Cruz – que adotou o pseudônimo para proteger a família após os ataques contra os modernistas na Semana de Arte Moderna – Marques Rebelo passou por um longo período de esquecimento, embora tenha sido um dos mais importantes autores da literatura brasileira de meados do século passado. Para ter uma ideia dessa notoriedade, basta ler o que Fernando Sabino escreveu em O tabuleiro de damas: “A passagem de Marques Rebelo por Belo Horizonte representou para mim verdadeiro acontecimento, como se lá tivesse descido um disco voador (inexistentes, até então)”. O esquecimento a que o escritor foi relegado talvez se deva à língua ferina que o levou a cultivar inúmeras inimizades. Em plena Academia Brasileira de Letras, em resposta ao discurso de posse de Marques Rebelo, Aurélio Buarque de Holanda referiu-se à “maledicência rebeliana”: “Homem sois de língua afiada”; Drummond, numa crônica, qualificou o escritor como um “diabo miudinho” (isso, contudo, talvez soasse como um elogio aos ouvidos de Rebelo, fiel torcedor do America).
Nascida na Saúde
Como observa o crítico Luís Bueno, A estrela sobe foi recebido logo de saída como a obra-prima daquele que era então considerado o maior contista brasileiro vivo, e teve reedições constantes. O romance narra a história de Leniza Máier, jovem nascida no bairro da Saúde, que sonha ser cantora de rádio. Embora pobre, filha de um relojoeiro descendente de alemães e de uma “mestiça disfarçada”, Leniza é ambiciosa; dotada de algum talento, tem atributos que mais podem ajudá-la a alcançar seus objetivos: grandes olhos castanhos, seios redondos que desafiam decotes, belas coxas morenas. A princípio, ela ainda acredita que pode vencer graças aos seus dotes musicais; contudo, num mundo em que os homens dão as cartas, é o corpo que aos poucos se torna sua chave para o sucesso. Quando finalmente o percebe, Leniza já está demasiado envolvida pelo glamour da “vida de artista” para que um recuo seja possível: mora na rua do Riachuelo, frequenta outras cantoras, recebe cartas de fãs, tem sua imagem estampada nos jornais. A essa altura, Leniza já nada tem de ingênua; sabe o que precisa fazer para manter-se no patamar – e não pode recusar-se a fazê-lo.
A estrela subiu, mas a que preço? Eis o questionamento que ocupa o centro da obra, perpassada do início ao fim por um forte discurso moralizante. Ainda criança, morando numa pensão, via nus os homens que lá se hospedavam; adolescente, deixava-se bolinar pelos namorados. Todo o resto da história seria apenas a concretização desse destino que já se anunciava para a pequena Leniza: uma caminhada rumo à “perdição”. É representativa uma das cenas finais do livro: Leniza delirante ao lado da mãe que, embora atenta, trata-a com frieza, consumida pelo desgosto. O homem que vem visitar a enferma é despachado pela mãe, que sequer o conhece: para ela, o mero fato de ser um homem faz dele um símbolo de todos aqueles que cruzaram com sua filha no retorto caminho. Leniza, a sobrevivente, tem afinal a chance de redescobrir a vida após o périplo pelos infernos.
Seria injustiça atribuir todo esse moralismo a Marques Rebelo. O que legitima a onipresença do narrador no romance – que preenche todos os espaços, matizando tudo com seus juízos, não raro interrompendo as falas dos personagens, que cedem espaço à narração indireta – é o fato de traduzir expectativas e valores de toda uma sociedade: mais do que sonhar com o sucesso, cabia a Leniza, enquanto mulher, o dever de zelar por sua própria honra. É significativo o contraste entre a promiscuidade com que ela se depara no meio profissional, onde escasseia a moralidade, e o acolhimento que encontra no ambiente doméstico – onde a mãe, mesmo desgostosa, permanece ao seu lado. Esta a mensagem nas entrelinhas: se Leniza tivesse ficado em casa, quem sabe arranjado um marido, nada daquilo teria acontecido.
Ao fim, movida pelas lembranças da primeira comunhão, Leniza cogita visitar uma igreja; contudo, recua diante das portas fechadas – e de que adiantaria lá entrar, se “um vento ímpio” levara-lhe as orações da memória? A Leniza Máier, a estrela cadente, resta brilhar na obscura senda que lhe reservou o destino – por ter nascido pobre; mas, sobretudo, por ter nascido mulher.
* Doutorando em literatura comparada e autor de Esparsa erótica, livro de poemas.
20:30 - 03/09/2009
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

PROGRAMA DE LEITURAS

Resenha – 06/10 – A Leitura – Vincent Jouve – Editora UNESP.

LEITURAS DO SEMESTRE

28/8 - Aytel
a) Pedagogia da leitura – pág. 42 a 57
in: O gosto pela leitura – Leonor Cadório – Livros Horizontes.

b) A Palavra Literária – pág. 149 a 154
in: A vivência e a invenção da palavra literária – Cleide da Costa e Silva Papes – Paulinas.


01/9 – Daniela
Os debates teóricos até os anos 80 – pág. 42 a75
In: A formação do leitor literário – Teresa Colomer – Global.


08/9 – Leila
a) As diferentes perspectivas disciplinares a partir dos anos 80 – pá. 76 a 141.

b) Conclusões sobre a evolução dos estudos de literatura infantil e juvenil – pág. 142 a 155
. In: A formação do leitor literário – Teresa Colomer – Global.


15/9
a) O que é uma imagem narrativa? – pág. 93 a 121 – Terezinha

b) A relação entre texto e imagem – pág. 123 a 139 - Flávia
In: O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil – Ieda de Oliveira (org.) DCL.


22/9 – Ana Carolina
a) A educação literária de jovens leitores: motivos e desmotivos – pág. 33 a 56.

b) Ligia Bojunga: a manufatura da emoção – pág. 192 a 196
In: Questões de literatura para jovens – Miguel Reppenmaier e Tânia Rösing (org.) UPF.


29/9 – Bruno
a) Clássicos ou contemporâneos: a mediação da escola na formação do leitor – pág. 99 a 105.

b) As adaptações e o ensino da literatura – pág. 115 a 120.
In: Leitura literária: a mediação escolar – Graça Paulino e Rildo Cosson – UFMG.


06/10
a) A morte carnavalisada – pág. 26 a 31 – Lourdes
In: Transleituras – José Paulo Paes – Ática

b) Alguns estudos sobre a destruição dos livros – pág. 219 a 226 – Márcio

c) Religião, ideologia e sexo – pág. 301 a 305 – Márcio
In: História universal da destruição dos livros – Fernando Baez – Ediouro.


13/10 – Daiane
A escolarização da literatura infantil e juvenil – Magda Soares - pág. 17 a 48
In: A escolarização de leitura literária – Aracy A. Evangelista e outros (org.) – Autêntica.


20/10
a) Os atos de apreensão do texto – pág. 9 a 27 – Fátima

b) Assimetria de texto e leitor – pág. 97 a 108 – Carmem
In: O ato da leitura – vol.II – Wolfgang Iser – Editora 34.


27/10 – Helena
A palavra poética dos contadores de histórias – pág. 1 a 19
In: A palavra do contador de histórias – Gislayne Avelar Matos – Martins Fontes.


03/11 – Leila
Lendo, escrevendo e pensando – pág. 198 a 215.
In: Compreendendo a leitura – Frank Smith – Artmed.


10/11 – Simone
Fantástico, linguagem e poesia – pág. 195 a 220
In: Imaginário no poder – Jacqueline Held – Summus editorial.


17/11 – Fábio
a) A produção da leitura – pág. 25 a 40

b) O componente contextual – pág. 89 a 110
In: Leitura: inferências e contexto sócio-cultural – Regina Lúcia Peret Dell!Isola – Formato.


24/11
a) Lobato lido por alunos do curso de Letras: reinventando a infância – pág. 105 a 114.

b) Emília no país da gramática o ludismo como estratégia para o conhecimento – pág. 229 a 241.
In: Monteiro Lobato e o leitor de hoje – João Luís Ceccantini e Alice Áurea Penteado Martha (org.) – Cultura Acadêmica


01/12
Ler devagar – pág. 10 a 24.


08/12
Os livros de sentimento – pág. 25 a 42.
In: A Arte de Ler – Émile Faguet – Casa da Palavra.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

AULA 3:OS DEBATES TEÓRICOS ATÉ OS ANOS 80




As histórias, sob a ótica das crianças

http://revistaescola.abril.uol.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/tem-monstro-meio-historia-489258.shtml
Os casos e as fabulações, em que relatos ganham elementos de ficção, são uma marca das narrativas infantis e fazem parte da evolução cognitiva


"É o King Kong, um homem que virou monstro. Numa parte, o King Kong achava que era comida e pôs na boca, mas era batom. Ele falou: 'Isso tem gosto de maracujá!' Na testa, parecia que ele era faixa laranja, tipo lutador de judô." Diogo, 5 anos. Reprodução/Agradecimento Escola Viva
Viagens supersônicas a planetas distantes. Lutas com gorilas. Bebês que sobem sozinhos no lustre. Cenas como essas só acontecem em filmes, livros e desenhos animados - ou na fala de uma criança pequena que conta sobre sua vida. Ficção e relato de experiências vividas são gêneros diferentes, mas, nos primeiros anos de vida, é comum que se combinem nas narrativas infantis, como apontou a linguista Maria Cecília Perroni no livro Desenvolvimento do Discurso Narrativo. Segundo ela, no entanto, esse recurso não deve ser entendido como um problema de falta de clareza entre o real e o imaginado. Ao contrário: é preciso encará-lo como um dos elementos mais importantes para o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos pequenos. O que se testemunha nesse tipo de construção é justamente o nascimento do discurso narrativo - uma das principais estruturas de expressão de qualquer pessoa e uma essencial troca comunicativa.
Esse processo - que se estende até a idade adulta - começa antes mesmo de a criança conseguir falar. Nesse período, ela já é capaz de entender as histórias contadas pelos adultos e o contato com relatos cotidianos ou contos de fadas, por exemplo, faz com que, aos poucos, adquira um repertório de imagens, nomes e roteiros de ações que utilizará mais tarde. Também a compreensão dos usos e do funcionamento da linguagem tem início nessa fase, com o adulto como modelo da forma de se comunicar e como voz da cultura em que está inserida. Assim, quando conquista condições fisiológicas de falar e passa a descrever com palavras um encadeamento de ações que se desenrolam no tempo - uma possível definição de narrativa -, ela acessa todos esses diferentes repertórios acumulados desde os primeiros meses de vida. Adquirir a fala, por sua vez, é um passo transformador em termos cognitivos, uma vez que é a linguagem que organiza o pensamento. "O pensar não se estrutura internamente, mas no momento da fala", explica Maria Virgínia Gastaldi, formadora de professores do Instituto Avisa Lá, de São Paulo. "A narrativa (primeira estrutura da oralidade com que a criança tem contato em seu cotidiano) é, portanto, o que modela e estimula a atividade mental." A oralidade é, dessa forma, um dos principais motores do desenvolvimento na primeira infância e aspecto-chave da creche e da pré-escola (Veja o vídeo com histórias de crianças de 3 a 6 anos analisadas por Monique Deheinzelin).
Ao construir narrativas, a criança brinca com a realidade e encontra um jeito próprio de lidar com ela
A postura do professor ou da família na interlocução com os pequenos, por sua vez, faz toda a diferença. "O ideal é que ele seja um verdadeiro co-construtor das narrativas, incentivando a criança a avançar nos recursos que utiliza em suas construções", diz Maria Virgínia. "As limitações linguísticas nessa fase são importantes e o adulto deve não só escutar o que ela diz mas também reconhecer sua intenção comunicativa e ajudá-la a expressar-se melhor." Assim, se na hora de recontar a história de um livro conhecido - sobre um personagem que tem medo de ir ao dentista, por exemplo -, a criança diz "o dentista lavou meu dente" (remetendo-se a uma experiência dela mesma, real ou imaginada), o professor pode perguntar se aquilo aconteceu com o personagem do livro também, como é o nome dele, o que ele sentiu quando estava no dentista, o que aconteceu depois etc. Essa co-construção é o chamado "jogo de contar" - situação básica de aprendizagem quando o assunto é oralidade e que envolve uma relação de cumplicidade entre a criança e seu interlocutor. Em rodas de conversa, é muito comum que os pequenos comecem contando sobre o passeio que fizeram ao zoológico com a família e terminem narrando como quase caíram na jaula do leão ou como o irmão se perdeu e não foi mais encontrado. Esses "causos" têm ligação com a presença do faz de conta no pensamento infantil e a maneira de apreender o mundo e elaborar os sentimentos, que é uma característica marcante nessa faixa etária. "A criança brinca com sua realidade, extravasando-a para experimentar outros papéis e situações", diz Gilka Girardello, professora do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo ela, ao fazer isso, os pequenos articulam imagens do repertório que conquistaram ao longo de sua vida para explorar futuros potenciais. A criação de papéis e situações de faz de conta nas brincadeiras ("Eu era herói, você, o monstro" e "Eu era a mãe, você, a filhinha") assume a forma de simbolização nas narrativas infantis ("Meu irmão mais velho começou a se afogar e meu pai pediu que eu o salvasse", dito por uma criança de 3 anos, por exemplo).
"Sabe, um dia o Alê se afogou e daí o meu pai ficou lá. Eu disse: "Pai, deixa que eu pulo na piscina. Eu quase que caí... Aí eu pulei lá e salvei o Alê. O Alê ainda era pequeno." Gabriel, 3 anos "Quando eu fui lá na pedra, eu tava subindo. Eu tava sozinha e eu vi o peixe voando. Isso foi lá na praia. Daí caiu neve. Mas a gente pôs casaco e aí ficou quentinho. Apareceu uma cachorra que chama Pipoca, que mora em casa. Ela tava andando na areia. Eu pus uma roupinha nela porque ela tava com frio. Eu tava nadando sozinha. E eu fui lá no fundo sozinha. Eu tava com uma fita na cabeça, mas eu tava sem boia." Lívia, 4 anos
Para o psicanalista e pesquisador da infância Donald Winnicott (1896-1971), as simbolizações se enquadram no que ele chamou de espaço potencial. "Trata-se de uma área de experiência em que os pequenos podem brincar com a realidade, em que dão um sentido pessoal aos elementos do ambiente e os elaboram à sua maneira para com eles poder lidar", explica Ana Paula Stahlschmidt, doutora em Educação e estudiosa da obra do pesquisador. Esse espaço potencial, segundo Winnicott, deve ser garantido pelo adulto para que o pequeno dê liberdade à sua criação - não apenas artística, mas como uma forma autêntica de encarar a vida. Se, por um lado, fica claro que a criança precisa brincar com os elementos de seu repertório - sem ser reprimida por não estar contando "a verdade" sobre o passeio ao zoológico -, por outro é preciso cuidar para que ela tenha matéria-prima para fazê-lo: um repertório de histórias diversificado. O contato com relatos de experiências nos grupos em que circula (na fala de adultos e também de outras crianças) e com textos literários (lidos e contados) é fundamental para ela se familiarizar com os aspectos estruturais da narrativa, como marcadores de tempo e espaço e a contextualização de situações.
Situações vividas, imaginadas ou presentes em histórias ouvidas se misturam nas narrativas infantis
"Também o elemento da dramatização é incorporado pelos pequenos no contato com narrativas", diz Lélia Erbolato Melo, linguista da Universidade de São Paulo (USP). "Eles vão percebendo e incorporando os ingredientes que tornam as histórias interessantes, como a ação, os conflitos e o inesperado, e trazem isso para aquelas que contam." Além disso, o acesso a textos tem um papel importante no amadurecimento afetivo dos pequenos, garantindo que ampliem seu universo de experiências para além do que podem observar no seu cotidiano. "Ao ouvir histórias, a criança cria hipóteses sobre como se sentiria se estivesse frente aos mesmos dilemas e situações do personagem", diz Gilka. "Para os menores, é natural que essa vivência, tão forte, seja incorporada às narrativas que constroem na forma de casos." Os fatos e a ficção são separados por uma fronteira flexível
"Aqui é a praia da minha avó e eu com uma prancha, quando vem a onda. Minha avó vai ter dois netos: meu irmão e meu primo. Ela também tinha um cachorro e um gatinho. Uma vez eu vi minha avó costurar uma roupa. Meu pai nunca foi na casa da minha avó." Eric, 4 anos. Reprodução/Agradecimento Escola Viva
A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação. É comum, quando se lê uma história como Chapeuzinho Vermelho, que uma criança interrompa para dizer que "a avó também mora perto de uma floresta" ou que ela "viu um cachorro na casa do vizinho" (no momento em que o lobo surge no texto, por exemplo). Quando assume o papel de narrador, essa flexibilidade de fronteiras entre experiência pessoal e situação imaginada se mostra tanto nos relatos reais como nas histórias ficcionais. "O mais comum e saudável é que a criança misture realidade e ficção para mais tarde separá-las", diz Maria Virgínia. Segundo a especialista, o adulto não deve questionar se o que ela conta é verdade ou invenção, mas embarcar na aventura e pedir mais detalhes. "Em muitos casos, ela vai rir ou dizer que o adulto já sabe que aquilo não é verdade." Em geral, a inquietação do professor vem do medo que isso se fixe como um padrão de comportamento - em outras palavras, que a mentira se torne uma constante na vida futura. "Os jogos de contar e a experiência com os usos sociais de comunicação são suficientes para a criança se ater cada vez mais aos fatos 'vividos' em seus relatos", afirma Maria Virgínia. O único cuidado essencial ao professor é não tirar conclusões precipitadas sobre as narrativas. O aluno falar de uma briga violenta, por exemplo, não quer dizer que isso aconteça na casa dele. "Não é possível saber a quem as crianças se remetem com seus personagens", diz Ana Paula.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

AULA 2: 25/08/2009

TEXTOS:
A AULA DE PORTUGUÊS
CADÓRIO, Leonor. "O GOSTO PELA LEITURA", Liboa: Livros Horizontes, 2001

Adorei o texto! O que mais gostei de saber foi:

1) Elementos que estimulam o leitor: necessidade pessoal ou curiosidade, exemplo e expressão
2) Tipologia de dificuldades de leitura: afetivo, cognitivo, pragmático
3) Estratégias para aproximar os alunos da leitura:
criar contato com acervo de livros
aceitar as opções dos alunos
articular obras literárias com obras do agrado dos jovens
ancorar conteúdos das leituras na experiência dos alunos
optar pela leitura integral
dar tempo para a leitura
criar ambiente de leitura
jovens como mediadores dos livros
projeto do tipo de leitor
coordenar os momentos de leitura
proporcionar leitura e debate em grupo
regular a vida dos grupos
utilizar audiovisuais e média
graduar materiais de leitura consoante a dificuldade, características e evolução do aluno
responsabilizar por atividades
atividades de difusão
sensibilizar para certas efemérides






A PALAVRA LITERÁRIA
PAPES, Cleide da Costa e Silva. A vivência e as invenção da palavra literária. São Paulo: Humanitas; Paulinas, 2008.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

BIBLIOGRAFIA QUE SERÁ TRABALHADA: 2009/2

CADÓRIO, L.O gosto pela leitura. Livros Horizonte.
COSTA, C. e PAPES, S. A vivência e a invenção da palavra literária. Paulinas.
COLOMER, T. A formação do leitor literário. gobal.
OLIVEIRA, I. O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil. Difusão Cultural.
RETTENMAIER e RÖSING. T (org) Questões de literatura para jovens. UPF.
PAULINO, G. e COSSON, R. Literatura Literária: a mediação escolar. FALE: UFMG.
BAEZ, F. História universal da destruição dos livros. Ediouro.
EVANGELISTA, A e outros. A escolarização da leitura literária. Autêntica
ISER, WOLFANG. O ato da leitura, vol. 2.
MATOS, G. A palavra do contador de história. Edit. Martins Fontes.
SMITH,F. Compreendendo a leitura, Artmed
HELD, J. Imaginário no poder, Summus Editorial
PERET DELL'ISOLA, R.L. Leitura: inferência e contexto sóciocultural. Formato.
CECCANTINI J.L. e PENTHEADO, a.a. (ORG) Monteiro Lobato e o leitor de hoje. Cultura Acadêmica.

NOVO SEMESTRE...NOVA DISCIPLINA: TEORIA E PRÁTICAS DE LEITURA

Estamos em agosto de 2009 e nesse semestre a professora Maria Teresa ministrará a disciplina: TEORIA E PRÁTICAS DE LEITURA, conforme descrito abaixo. Nosso primeiro encontro já nos deixou com muita vontade de ler e aprender mais sobre esse tema tão importante!
Código da Linha de Pesquisa: Código da Disciplina: LET
Curso: Leitura: questões linguísticas, pedagógicas e sociais
Profa. Dra. Maria Teresa Gonçalves Pereira (matr.: 02179-0)
Dia/Horário: 3ª feira – das 9h às 12h
EMENTA
A polissemia da noção de leitura. Estratégias de leitura. O conceito de texto. Tipologia
do texto. Análise de textos. As condições da produção de leitura e a identidade do leitor.
Leitura e produção de textos na sala de aula. A leitura e o ensino da Língua Portuguesa.
CONTEÚDO
1. A polissemia da noção de leitura: atribuição de sentido; concepção; construção de
modelo teórico-metodológico; alfabetização e letramento;
2. Estratégias de leitura: lingüística, pedagógica, social;
3. O texto: conceito, tipologia, análise;
4. Condições da produção de leitura: o que é leitura, para que serve; tipo de leitor,
identidade; contexto e sujeito; leitura parafrástica e polissêmica; a leitura escolar;
5. Leitura e produção de textos: o plano semântico conceitual; o plano formal; o processo
ensino-aprendizagem; a interação comunicativa;
6. A leitura e o ensino da Língua Portuguesa: variedades lingüísticas; texto literário e
não-literário; outros textos (quadrinhos, música, etc.); seleção de textos, diferentes
abordagens; leitura e gramática.
BIBLIOGRAFIA
1. BARTHES, Roland. O prazer do texto. Lisboa: Edições 70, 1973.
2. GALVES, Charlotte et alii. O texto: leitura e escrita. 2 ed. Campinas: Pontes, 1997.
3. KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 1993.
4. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993.
5. NEVES, Iara C. Bittencourt et alii. Ler e escrever; compromisso de todas as áreas.
2 ed. Porto Alegre: Edit. da UFRS, 1999.
6. ORLANDI, Eni Pulccinelli. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 1993.
7. SMITH, Frank. Compreendendo a leitura. 3 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Textos 18 e 19: "Estado Actual da Gramática escolar" e "Estado Actual dos Estudos Linguísticos"



Livro: Linguística e Ensino do Português
Emile Genouvrier e Jean Peytard

Mediadora: Valéria Muniz

domingo, 28 de junho de 2009

Textos 16 e 17: Reflexões sobre o Ensino da Língua e A gramática na perspectiva de seus utentes




Mediadora: Soraya

Livro: Gramática e ensino das línguas de Jorge Morais Barbosa e outros, almedina

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Seminário Educação, Sexualidade, Gênero e Diversidade

O Seminário Educação, Sexualidade, Gênero e Diversidade é uma realização da Universidade Federal do Rio de Janeiro, através do Programa Papo Cabeça e Projeto Diversidade Sexual na Escola.
O objetivo do Seminário é criar um espaço de troca e articulação entre pesquisadores, estudantes, profissionais de educação e saúde, ativistas e representantes da sociedade civil que desenvolvem pesquisas e ações no campo da Sexualidade, do Gênero e da Educação.
Vamos aqui entender a Escola como um espaço de construção de significados, representações, valores, identidades e normatizações, em especial no que diz respeito a gênero e sexualidade. Nos últimos anos se desenvolveram políticas públicas em sexualidade que têm como espaço fundamental de atuação a Escola. Mas essas políticas têm sido bem sucedidas? Que concepções teóricas e políticas estão por trás dessas ações? Qual o papel da Universidade no desenvolvimento dessas ações e dessas políticas? Como diferentes linhas dentro do próprio pensamento científico vão significar a sexualidade?

Essas e outras questões estarão em discussão durante mesas redondas, apresentações de trabalho e bate-papos, ao longo do seminário. A sua participação, não só assistindo, mas debatendo e trazendo a sua experiência, é fundamental.

Período

11, 12 e 13 de agosto de 2009


Local

Fórum de Ciência e Cultura
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Praia Vermelha
Rio de Janeiro

Realização
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa Papo Cabeça
Projeto Diversidade Sexual na Escola

Apoio Institucional

Pró-Reitoria de Extensão

Financiamento

Ministério da Educação
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade


www.papocabeca.me.ufrj.br/seminario
(21) 2598-9691

SALA DE LEITURA




http://www.saladeleitura.com.br/

Está à nossa disposição um novo site de Literatura. E o que é melhor, ele está justamente voltado para receber as nossas próprias criações e de nossos alunos, e com editoras por perto, para, quem sabe?, apoiarem alguns de nossos "escritores"... Imaginei que você gostaria de saber e de estimular os alunos a produzirem seus próprios textos e incluírem no site. Quantos de nós trabalham e trabalham para estimular a expressão dos jovens, não é? E nem sempre eles têm um canal para divulgarem o que escrevem. No site www.saladeleitura.com.br eles mesmos poderão postar suas produções e começar a tecer a rede junto a outros jovens, indefinidamente. Abaixo, há uma explicação a respeito e a possibilidade de você mesmo(a) entrar e conhecer a saladeleitura. Fiquei animada com essa possibilidade e resolvi compartilhar com você. Vamos nos falar?
Um fraterno abraço,


Carmen Lozza

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Escrito sem "A"

Observação: Este texto não contém a letra "A"


É possível sim.


Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível.
Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.
Desde que se tente sem se pôr inibido, pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento
Trechos difíceis se resolvem com sinônimos.
Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo.
É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.
Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir.
Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos.
Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?
Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.
Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Autor: Desconhecido

CURSOS NA APPAI

http://www.appai.org.br/BEC.aspx


:: EM DESTAQUE ::

Transtornos de Conduta e Drogas – Um Guia para Pais e Professores
Objetivo: Proporcionar acesso ao conhecimento das formas de identificação dos principais problemas relacionados aos transtornos de conduta, problemas de indisciplina e do uso das Drogas, suas características, efeitos e conseqüências. - Orientar os Pais e Professores em como buscar tratamento e como podem agir na condição de mediadores na relação com alunos que necessitam aprender a controlar o comportamento e os impulsos.
Data Início / Data Fim: 05/06/2009 à 05/06/2009
Horário: 9h às 14h - sexta-feira
Palestrante: Dr. Gustavo Teixeira
Formação: Médico, Psiquiatra; Mestrando em Educação; Pós-graduado em Psiquiatria pela UFRJ; pós-graduado em Dependência Química pela Universidade Paulista de Medicina; pós-graduado em Saúde Mental Infantil pela Santa Casa da Misericórdia do RJ; membro da American Academy and Adolescent Psychiatry; membro da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil; professor da Escola de Pós-graduação em Psiquiatria da PUC-RJ; professor de Pós-graduação em Psicoterapia Cognitivo-comportamental do Centro
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: O Desenvolvimento Infantil;Família e Educação; Fatores genéticos e ambientais; Transtornos disruptivos do comportamento;Características e conseqüências dos Transtornos;As Drogas e os Transtornos; Fatores de risco X Fatores Protetores;Como as Drogas agem no cérebro; Conseqüências do uso de drogas na
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Piaget e Vygotsky: Confrontos, Conflitos, Diálogos e muitas Contribuições
Objetivo: Refletir sobre as possibilidades e limites das teorias Vygotskyana e Piagetiana, discriminando o sujeito do conhecimento e o sujeito das inter-relações no processo educativo.
Data Início / Data Fim: 03/06/2009 à 03/06/2009
Horário: 9h às 13h - quarta-feira
Palestrante: Hebe Goldfeld
Formação: Mestre em Educação; Antropóloga, Psicóloga e Psicopedagoga. Atua, entre outras atividades, como docente em curso superior e pós-graduação, como Psicóloga clínica e Psicopedagoga.
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: Piaget e Vygotsky: Histórico e Biografia;O ser construtivista como postura educacional; Etapas do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget; Desenvolvimento e aprendizagem: A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) como um constructor de Vygotsky; Piaget e Vygotsky:contribuições e ressignificações.
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Oficina Com Piaget na Escola: Brincando? Jogando? Trabalhando? Criando?
Objetivo: Sensibilizar os participantes , articulando prazer e dever, para a construção de outros possíveis olhares, em suas práxis pedagógicas; Construir uma teoria na prática: 1) articulando no corpo a teoria de Piaget; 2) articulando os principais conceitos piagetiano do grupo.
Data Início / Data Fim: 03/06/2009 à 03/06/2009
Horário: 13h às 17h - quarta-feira
Palestrante: Hebe Goldfeld
Formação: Mestre em Educação; Antropóloga, Psicóloga e Psicopedagoga. Atua, entre outras atividades, como docente em curso superior e pós-graduação, como Psicóloga clínica e Psicopedagoga.
Tipo do Evento: Curso
Situação: Aberto
Programação: : Vivenciar as etapas do desenvolvimento Cognitivo: Sensório-motor; Pré-operacional; Operatório Concreto; Operatório Formal
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O Pós-Modernismo Nas Histórias Em Quadrinhos
Objetivo: Apresentar quais as características gerais do Pós-Modernismo presentes na produção contemporânea das histórias em quadrinhos e de que maneira elas se manifestam.
Data Início / Data Fim: 06/06/2009 à 06/06/2009
Horário: 9h às 13h - sábado
Palestrante: Afrânio da Silva Garcia
Formação: Doutor em Letras (Letras Vernáculas) pela UFRJ; Atua na área de Letras, com ênfase em Semântica. Professor Adjunto da UERJ e da UNESA; Possui 9 livros publicados.
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: Ultraviolência:ranxerox e lobo;a estupidez glorificada: groo e ray & stimpy (dois cachorros bobos); O herói exilado do mundo: spawn e silver surfer (surfista prateado); Tão bons e tão excluídos: x-men; Observadores e sabedores à espera do renascimento: watchmen e cagliostro; m herói no teatro do ab
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Ressignificando a Alfabetização
Objetivo: Repensar o conceito de alfabetização através da apresentação de métodos pedagógicos que contribuam efetivamente com a proposta de letramento.
Data Início / Data Fim: 09/06/2009 à 09/06/2009
Horário: 13h às 17h - Terça-feira
Palestrante: Patrícia Lorena
Formação: Mestranda em Educação Especial; Psicóloga Clínica; Psicopedagoga; Professora da cadeira de Alfabetização do curso de Pedagogia.
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: A história da alfabetização no Brasil – um caminhar pelos métodos; A construção do conhecimento no processo de leitura e escrita; Os métodos de alfabetização; Os conceitos de alfabetização e letramento; Teóricos e tendências; A Prática em sala de aula;Uma prática inovadora;Sugestões pedagógicas.
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Linguagem Oral e Escrita
Objetivo: Discutir a relação entre língua oral e língua escrita, suas similaridades e diferenças; Apresentar as descobertas das neurociências no campo da leitura e da escrita; Compreender a natureza da leitura e da escrita em nível de palavras isoladas e no texto; Fornecer subsídios para a compreensão das dificuldades que possam surgir no processo.
Data Início / Data Fim: 16/06/2009 à 16/06/2009
Horário: 9h às 13h - Terça-feira
Palestrante: Renata Mousinho
Formação: Doutora em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Mestre em Lingüística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; Especializada em Psicomotricidade pelo Institut Supérieur de Réeducation Psychomotrice/Paris; Graduada em Fonoaudiologia.
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: Relação Leitura x Escrita; Relação Língua Oral X Língua Escrita; Desenvolvimento da escrita na humanidade: Pressupostos sociointeracionistas, construtivistas e cognitivistas; Processamento de dupla rota – para leitura e para escrita; Hipótese do Déficit no Processamento Fonológico; Abordagem conexionista; Níveis lingüísticos na língua escrita; Tipo
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Bases Psicomotoras do Desenvolvimento Infantil
Objetivo: Refletir sobre a Infância, reconhecendo as bases psicomotoras que sustentam a formação da subjetividade, das capacidades cognitivas e sociais. Ampliar a compreensão desta fase da Espiral do Desenvolvimento para o aperfeiçoamento das práticas docentes.
Data Início / Data Fim: 17/06/2009 à 17/06/2009
Horário: 9h às 13h - quarta-feira
Palestrante: Prof. Doutor Eduardo Costa
Formação: Doutor em Ciências: Saúde da Criança - IFF/FIOCRUZ - M.S.; Coordenador da Pós-Graduação em Psicomotricidade & Educação - AEDB/Resende - RJ.; Coordenador da Formação em Psicomotricidade Educacional e Clínica com base no Pensamento Complexo - Transpsicomotricidade - EDU UERJ; Presidente da ONG Sociedade Brincar é Viver (HUPE, HEMORIO, INCA); Docente das Pós-Graduações em Psicomotricidade da EDU UERJ e da UCB; Docente da Pós-Graduação em Dificuldades de Aprendizagem: Prevenção e Reeducação
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: Vida Intra-Uterina: as raízes motoras da Subjetividade; A fase de Bebê e a Formação da personalidade através do diálogo “corpo-a-corpo”; Os Conceitos Psicomotores (tônus, coordenações, esquema e imagem corporal, orientação espaço-temporal, etc) e suas relações com a Aprendizagem;Infância: novos olhares sobre o conceito de desenvolvimento e cidadani
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TDAH - Déficit de Atenção/Hiperatividade na Escola
Objetivo: Propiciar aos profissionais de educação lidar com o TDAH, na sala de aula e em todos os ambientes escolares.
Data Início / Data Fim: 19/06/2009 à 19/06/2009
Horário: 9h às 13h - sexta-feira
Palestrante: Dr. Gustavo Teixeira
Formação: Médico, Psiquiatra; Mestrando em Educação; Pós-graduado em Psiquiatria pela UFRJ; pós-graduado em Dependência Química pela Universidade Paulista de Medicina; pós-graduado em Saúde Mental Infantil pela Santa Casa da Misericórdia do RJ; membro da American Academy and Adolescent Psychiatry; membro da Associação Brasileira de Neurologia e Psiquiatria Infantil; professor da Escola de Pós-graduação em Psiquiatria da PUC-RJ; professor de Pós-graduação em Psicoterapia Cognitivo-comportamental do Centro
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: A escola: formação acadêmica, socialização e inclusão;Professor: Um profissional de saúde mental infantil?; O que é transtorno de défícit de atenção/hiperatividade; Quais são as causas; Transtornos associados; Tratamentos; Como ajudar em sala de aula; Como ajudar em casa.
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O Estresse do Professor
Objetivo: Conhecer o que é stress, identificá-lo em si mesmo e nos alunos, e aprender a lidar com o stress no dia-a-dia e no exercício da profissão acadêmica.
Data Início / Data Fim: 20/06/2009 à 20/06/2009
Horário: 9h às 13h - sábado
Palestrante: Lucia Novaes
Formação: Mestre em Psicologia Clínica; Docente da UFRJ e Diretora Técnica do Centro Psicológico de Controle do Stress.
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: O que é Estresse; Sintomas do Estresse; Fases e fontes do Estresse; O professor e o Estresse; Fontes comuns de Estresse do professor; Estressores Modernos; Tecnostress; conseqüências do Estresse; Controle do Estresse.
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Potencialização Cognitiva: Instrumento de Aprendizagem Significativa!
Objetivo: Apresentar uma metodologia que facilite aos profissionais de Educação promover a potencialização da aprendizagem significativa.
Data Início / Data Fim: 24/06/2009 à 24/06/2009
Horário: 9h às 13h - quarta-feira
Palestrante: Gleice Albuquerque
Formação: Pós-graduada em Potencialização Cognitiva pelo ICELP (International Center for the Enhancement of Learning Potential) de Israel. Níveis 1 e 2. Pós-graduada em Docência do Ensino Superior pela Universidade Gama Filho;Teoria de Potencialização Cognitiva.Graduada pela UFRJ em Letras – Português-Inglês; Licenciatura Plena - Faculdade de Educação da UFRJ.
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Aberto
Programação: O Potencial de aprendizagem; O que é Mediação Cognitiva; Fatores indispensáveis para a aprendizagem; O que é aprendizagem mediada; Características de uma aula mediada; Estratégias para possibilitar a aprendizagem significativa; A arte de perguntar; Relato de experiência bem-sucedida com Mediação Cognitiva.
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Autismo: Dúvidas, Intervenção, Inclusão
Objetivo: Refletir sobre as possibilidades, ações e limites dos Espectros Autísticos
Data Início / Data Fim: 27/06/2009 à 27/06/2009
Horário: 9h às 13h - sábado
Palestrante: Valéria Mendonça
Formação: Educadora, Psicomotricista e Psicopedagoga; Titular da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade; Tutora em EAD (Educação a Distancia) pela UNIRIO, RJ, no curso de pós – graduação em Educação Especial; Atua como voluntária, no programa CAPITAH – Centro de Atendimento e Pesquisa Interdisciplinar do Transtorno de Atenção e Hiperatividade e no programa CAPTID - Centro de Atendimento e Pesquisa Interdisciplinar do Transtorno Invasivo do Desenvolvimento da Santa Casa de Misericórdia, Rio de Janeiro, R
Tipo do Evento: Palestra
Situação: Encerrado
Programação: Breve Histórico, Identificação, Características, Variantes, Técnicas e Intervenções, Psicomotricidade, Inclusão, Vivência. OBS.: Solicitamos aos participantes que usem roupas confortáveis para a vivência.
Inscreva-se...

A Conferência Nacional de Educação – CONAE

A Conferência Nacional de Educação – CONAE é um espaço democrático aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do desenvolvimento da Educação Nacional.
Está sendo organizada para tematizar a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito Federal, estados e país.
Estudantes, Pais, Profissionais da Educação, Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos da educação brasileira.
Tema da CONAE, definido por sua Comissão Organizadora Nacional, será: Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação.
A CONAE acontecerá em Brasília, em abril de 2010, será precedida de Conferências Municipais, previstas para o primeiro semestre de 2009 e de Conferências Estaduais e do Distrito Federal programadas para o segundo semestre do mesmo ano.
O município do Rio de Janeiro promoverá a Etapa Preparatória no próximo dia 27 de junho, das 9h às 13h, em dez locais listados ao final desta página.
Divulgue sobre este evento em toda a sua comunidade. A participação de todos é muito importante para possibilitar o conhecimento das ações em curso, travar discussões e propor estratégias que garantam uma educação cada vez mais qualificada para os cidadãos de nossa cidade e país.
Locais Etapa Preparatória:


E/SUBE/1ª CRE
Centro de Referência da Educação Pública da Cidade do Rio de Janeiro
Av Presidente Vargas, 1.314 - Centro

E/SUBE/2ª CRE
Escola Municipal Argentina
Av. 28 de Setembro, 125 - Vila Isabel

E/SUBE/3ª CRE
Colégio Imaculado Coração de Maria
Aristides Caire, 141 - Méier

E/SUBE/4ª CRE
Escola Municipal Grécia
Av. Brás de Pina, 1.614 - Vila da Penha

E/SUBE/5ª CRE
Escola Municipal Waldemar Falcão
Praça Jaguaré, 53 - Oswaldo Cruz

E/SUBE/6ª CRE
Escola Municipal Monte Castelo
Rua Ouseley, s/nº - Coelho Neto

E/SUBE/7ª CRE
Escola Municipal Pio X
Rua Serra Negra, 103 - Tanque - Jacarepaguá

E/SUBE/8ª CRE
Escola Municipal Collechio
Rua Baía Formosa, s/nº - Bangú

E/SUBE/9ª CRE
Auditório da UNISUAM
Rua Alfredo de Moraes, em frente à rua Domingos do Couto - Centro - Campo Grande

E/SUBE/10ª CRE
Escola Municipal Fernando de Azevedo
Rua das Palmeiras Imperiais, s/nº - Santa Cruz

Curso gratuito via internet: direitos humanos e memória.

A inscrição é no site http://www.direitom emoria.org. br/
Apresentação

O projeto Direito à Memória e à Verdade da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República iniciou em 29 de agosto de 2006 com o objetivo de recuperar e divulgar o que aconteceu no período da ditadura no Brasil, 1964 – 1985. São registros de um passado marcado pela violência e por violações de direitos humanos. Disponibilizar esse conhecimento é fundamental para o País construir instrumentos eficazes e garantir que esse passado não se repita mais.
A partir deste projeto a Ágere Cooperação em Advocacy desenvolveu o curso Direito à Memória e à Verdade que será aplicado à distância via Internet, para professores da rede pública de ensino médio, buscando oferecer aos mesmos uma formação, com reflexão crítica e numa perspectiva dos direitos humanos, da história do Brasil durante a ditadura militar. Ao formar professores estaremos garantindo que as gerações atuais e futuras tenham o seu direito à memória e à verdade respeitado.
O curso oferece 3000 vagas e será gratuito para os participantes, pois conta com o apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
Período de realização do curso – Junho a Setembro de 2009.


Público
O curso oferece 3.000 vagas para professores da rede púbica de ensino, preferencialmente professores de história, sociologia e filosofia, mas sem desconsiderar a participação de professores de outras áreas do conhecimento como língua portuguesa e literatura.
Inscrições
As inscrições são realizadas somente online por meio do formulário disponível neste site. O preenchimento correto de todas as informações solicitadas no formulário é importante para garantir a participação no processo de seleção. Antes de proceder à inscrição verifique o público específico do curso. O preenchimento do formulário de inscrição não garante diretamente a participação no curso, haverá processo de seleção.
Seleção
Após o encerramento das inscrições terá início o processo de seleção que será realizado pela equipe de coordenação do curso da Ágere Cooperação em Advocacy com base nas informações apresentadas no formulário de inscrição e de acordo com os objetivos e público proposto para o curso.
O resultado do processo de seleção será encaminhado no e-mail apresentado no formulário de inscrição juntamente com as instruções para matrícula.
Conteúdo Programático
O conteúdo está sendo elaborado com a colaboração dos especialistas Carlos Ugo Santander Joo, Nelson Lima Pessoa e Roberto Oliveira Monte. Em linhas gerais os temais abordados são:

Fundamentos históricos e ético-filosóficos da Educação em Direitos Humanos
Introdução aos Direitos Humanos (origem, natureza e fundamentos) no Brasil e no Mundo, Tratados e Convenções;
Ética, Cidadania e Direitos Humanos;
Direitos humanos e memória.
Direito à Memória e à verdade e os direitos humanos
O contexto pré - Autoritário;
Os movimentos sociais;
A arte e a censura política;
Os movimentos de resistência;
A tortura;
Literatura e política no contexto autoritário;
A transição política;
A lei de anistia;
Reflexões sobre a ditadura militar;
Memória do período da ditadura no Brasil;
Memória e Esquecimento;
O papel da memória na proteção dos direitos humanos

RODA VIVA DA TV CULTURA NA INTERNET!!



lYGIA fAGUNDES TELLES
A escritora relembra sua trajetória e comenta temas como a presença feminina na literatura e a vida cultural brasileira


Uma boa dica para pesquisadores, professores, educadores e alunos: já estão disponibilizadas, gratuitamente, na web, todas as entrevistas feitas pelo programa Roda Vida, da TV Cultura de São Paulo. No site, o interessado encontra a entrevista, na íntegra, transcrita, bem como trechos em vídeo, verbetes, pequenas referências e fotos. Trata-se do projeto Memória Roda Viva que traz para a internet entrevistas inesquecíveis, como a do educador Rubem Alves, do sociólogo Alain Touraine, do extrovertido médico Patch Adams, do professor Philippe Perrenoud e dos filósofo István Mészáros e Edgar Morin.
Um sistema de navegação simples permite que o usuário também encontre rapidamente uma determinada entrevista, que também está dividida em cinco grandes temas. De acordo com a coordenação do projeto, a publicação das entrevistas, em formato de texto, cria um registro importante na história recente, assegura sua preservação definitiva, possibilita acesso livre a todo o conteúdo e reconstrói o processo de formação da agenda pública brasileira nas duas últimas décadas, quando se deu a discussão das questões mais relevantes da atualidade.
O Memória Roda Viva permitirá, ainda, retroalimentar a pauta do programa, a partir de críticas e sugestões, que poderão ser registradas no site. A iniciativa do projeto é da Fundação Padre Anchieta, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


http://www.rodaviva.fapesp.br/materia_busca/49/Edgra%20Morin/entrevistados/edgar_morin_2000.htm

http://www.rodaviva.fapesp.br/

PROGRAMAÇÃO FESTLIP - Festival de Teatro da Língua Portuguesa – 2009

17 JUNHO 2009
inDica: Festlip – Festival de Teatro da Língua Portuguesa – 2009

O Festlip – Festival de Teatro da Língua Portuguesa – 2009 (www.festlip.com) acontecerá entre os dias 2 e 12 de julho na cidade do Rio de Janeiro. Na sua segunda edição homenageará o escritor moçambicano Mia Couto. Além das companhias teatrais de Brasil, Angola, Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Guiné-Bissau, o evento contará com Mostra Gourmet, oficinas teatrais, debates e dois dias de shows no bairro da Lapa. A programação é gratuita com distribuição de senhas, exceto a mostra gourmet, os teatros são o Sesc Ginástico, o Espaço Sesc/Copacabana e o Sesc/Tijuca.
Ricardo Riso


Programação por dia – Festlip – Festival de Teatro da Língua Portuguesa - 2009

Toda a programação – com exceção da Mostra Gourmet – tem entrada franca, com distribuição de senhas até 30 minutos antes do início da sessão. No teatro Sesc Ginástico, as senhas serão distribuídas 60 minutos antes do início da sessão.

De 2 a 31 de julho:

Mostra Gourmet – O sabor da Língua Portuguesa
Restaurante 00 Cozinha Contemporânea – Pratos especialmente criados pelo chef do restaurante, Ray Cardoso, inspirado na cultura e culinária dos países participantes do Festlip.

2 de julho (quinta-feira)

Abertura oficial do FESTLIP

19h - Teatro Sesc Ginástico
Grupo Tijac, de Moçambique, com o espetáculo “Mar me Quer”, baseado na obra de Mia Couto. Apresentação para convidados.
Entrega do Troféu Festlip - 2009 em homenagem ao premiado escritor moçambicano Mia Couto.

3 de julho (sexta-feira)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Palestra com Mia Couto: ‘Metamorfose da literatura para o teatro’

20h – Teatro Sesc Tijuca. Peça: ‘Sobreviver no Tarrafal’, com o Grupo de Teatro Horizonte Nzinga Bandi (Angola- Luanda)

21h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Peça: ‘Uma solidão demasiado ruidosa’, com a Cia Teatral Artistas Unidos (Portugal - Lisboa)

21h30 – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘Complexo sistema de enfraquecimento da sensibilidade’, com Cia de Teatro Antro Exposto (Brasil- São Paulo)

4 de julho (sábado)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Peça: ‘Lindos dias’, com a Cia. Teatral Primeiros Sintomas (Portugal - Lisboa)

20h – Teatro Sesc Tijuca. Peça: ‘Psycho’, com a Companhia de Teatro Solaris (Cabo Verde - Cidade de Mindelo)

21h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Peça: ‘Kimpa Vita - A Profetisa Ardente’, com o Grupo Elinga-Teatro (Angola - Luanda)

21h30 – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘O Homem ideal’, com o Grupo M'Bêu (Moçambique - Maputo)

22h – Estrela da Lapa. Festlipshow - Fidjus de Cabo Verde (Cabo Verde), Mario Lucio (Cabo Verde), Abel Duerê (Angola), Bongar – Coco da Xambá (Brasil) e DJ Falcão (Brasil).

5 de julho (domingo)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Peça: ‘Cortiços - Cia de Teatro Luna Lunera’ (Brasil – Belo Horizonte)

19h30 – Espaço Sesc – Teatro Arena. Peça: ‘No Inferno’, com o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português de Mindelo (Cabo Verde – Cidade de Mindelo)

20h – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘Nó mama - Frutos da Mesma Arvore’, com o GTO
(Guiné Bissau - Bissau)

20h – Teatro Sesc Tijuca. Peça: ‘Mar me quer’, com o Grupo Teatral Tijac (Moçambique – Maputo com Ilha da Reunião)

6 de julho (segunda)

13h às 18h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Oficina teatral com diretor Miguel Seabra, do Teatro Meridional (Portugal)

7 de julho (terça)

13h às 18h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Oficina teatral com diretor Miguel Seabra, do Teatro Meridional – (Portugal)

20h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Mesa ‘Encenação do Teatro da Língua Portuguesa’, com os diretores participantes e mediação de Tania Brandão

8 de julho (quarta)

13h às 18h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Oficina teatral com diretor Miguel Seabra, do Teatro Meridional (Portugal)

19h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Vitrine do Teatro Carioca no Corredor Cultural da Lapa – Grupos convidados: Tá Na Rua, Teatro do Anônimo e Armazém Cia. de Teatro

9 de julho (quinta)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Peça: ‘Cortiços, com a Cia de Teatro Luna Luneta (Brasil)

20h – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘Sobreviver no Tarrafal’, com o Grupo de Teatro Horizonte Nzinga Bamdi (Angola)

20h – Teatro Sesc Tijuca. Peça: ‘Psycho’, com a Companhia de Teatro Solaris (Cabo Verde)

21h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Peça: ‘No Inferno - Grupo de Teatro do Centro Cultural Português de Mindelo’ (Cabo Verde)

10 de julho (sexta)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Peça: ‘Cortiços’, com a Cia de Teatro Luna Lunera (Brasil)

21h30 – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘O Homem ideal’, com o Grupo M'Bêu (Moçambique)

21h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Peça: ‘Uma solidão demasiado ruidosa’, com a Cia Teatral Artistas Unidos (Portugal)

20h – ‘Teatro Sesc Tijuca’. Peça: ‘Lindos dias’, com a Cia Teatral Primeiros Sintomas (Portugual)

11 de julho (sábado)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Peça: ‘Mar me quer’, com o Grupo Teatral Tijac (Moçambique – Maputo com Ilha da Reunião)

21h30 – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘Complexo sistema de enfraquecimento da sensibilidade’, com a Cia de Teatro Antro Exposto (Brasil)

21h – Espaço Sesc – Teatro Arena. Peça: ‘No Inferno’, com o Grupo de Teatro do Centro Cultural Português de Mindelo (Cabo Verde)

20h – Teatro Sesc Tijuca. Peça: ‘O Homem ideal’, com o Grupo M'Bêu (Moçambique)


12 de julho (domingo)

19h – Teatro Sesc Ginástico. Peça: ‘Lindos dias’, com a Cia Teatral Primeiros Sintomas (Portugal)

20h – Espaço Sesc – Mezanino. Peça: ‘Nó mama - Frutos da mesma árvore’, com o CTO (Guiné-Bissau)

19h30 – Espaço Sesc - Teatro Arena. Peça: ‘Kimpa Vita - A profetisa ardente’, com o Grupo Elinga-Teatro (Angola)

20h – Teatro Sesc Tijuca. Peça: ‘Uma solidão demasiado ruidosa’, com a Cia Teatral Artistas Unidos (Portugal)

22h – Espaço Sesc – Mezanino: Cerimônia de encerramento - entrega do Prêmio Festlip 2009 de espetáculo revelação



Grupos teatrais participantes na programação do FESTLIP:

Portugal:
Companhia Teatral Primeiros Sintomas
Espetáculo: “Lindos Dias”, com texto de Miguel Castro Caldas e direção de Bruno Bravo.

Companhia Teatral Artistas Unidos
Espetáculo: “Uma Solidão Demasiado Ruidosa”, com texto de Bohimil Hrabal e
Direção de Antônio Simão.

Moçambique:
Grupo M'BEU
Espetáculo: “O Homem Ideal”, com texto e direção de Evaristo Abreu.

Grupo Tijac:
Espetáculo: “Mar Me Quer”, de Mia Couto com direção de Mickael Fontaine.

Angola:
Grupo Elinga Teatro
Espetáculo: “Kimpa Vita: A Profetiza Ardente”, com texto e direção de José Mena Abrantes.

Grupo Horizonte Nzinga Bandi
Espetáculo: “Sobreviver No Tarrafal”, com de texto Antônio Jacinto e direção de Adelino Caracol .

Guiné Bissau:
Grupo Teatro do Oprimido – Bissau GTO
Espetáculo: “Nó Mama – Frutos da Mesma Árvore”

Brasil:
Cia. Luna Lunera – Belo Horizonte

Espetáculo: “Cortiços”, concepção Cia. Luna Lunera e Tuca Pinheiro e direção de Tuca Pinheiro.

Cia. De Teatro Antroexposto – São Paulo

Espetáculo: “Complexo Sistema de Enfraquecimento as Sensibilidade”, com texto de direção de Ruy Filho

Cabo Verde:
Grupo de Teatro do Centro Cultural Português de Mindelo
Espetáculo: “No Inferno”, com texto e direção de João Branco

Companhia de Teatro Solaris
Espetáculo: “Psycho”, com texto de Valódia Monteiro e direção de Herlandson Lima Duarte

Eventos paralelos:

04 de julho (sábado)

FestlipShow

4 de julho (sábado)

22h – Estrela da Lapa
Festa musical com apresentações de músicos brasileiros e internacionais (todos os países participantes). Entrada franca.

Fidjus de Cabo Verde – Cabo Verde

Mário Lucio – Cabo Verde

Abel Duerê – Angola

Bongar – Coco da Xambá – Brasil

DJ Falcão – Brasil

E mais uma atração surpresa


6 a 8 de julho (segunda a quarta)

Oficina Teatral:
Com o diretor português Miguel Seabra, do grupo teatral Meridional, direcionada aos atores participantes do Festlip e para estudantes de teatro como ouvintes, com entrada franca (distribuição de senhas).

7 de julho:

20h – Espaço Sesc Arena
Mesa de debates – ‘Encenação do Teatro da Língua Portuguesa’
A mesa será composta pelos diretores dos grupos teatrais participantes do Festlip, com mediação de Tania Brandão.

8 de julho:

19h – Espaço Sesc Arena
Vitrine Carioca do Teatro do Corredor Cultural da Lapa
Exposição do trabalho realizado por três grupos teatrais cariocas, Tá Na Rua, Cia. dos Atores e Teatro de Anônimo, através dos seus diretores: Amir Haddad, Enrique Diaz e João Carlos Artigos. Participação dos atores das companhias.

Informações para a imprensa:
Factoria Comunicação
Vanessa Cardoso (vanessa@factoriacomunicacao.com.br)
Pedro Neves (pedro@factoriacomunicacao.com.br) Leila Grimming (leila@factoriacomunicacao. com.br)
(21) 2249.1598 / 2259.0409

Fonte: http://www.talu.com.br/festlip/imprensa/download.htm

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Um espaço dedicado às Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e às Artes em geral
 
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