Caçando palavra
carecendo de palavras
Corta-se, inquieta-se a sintaxe, opaca, secreta.
Caçoando com a palavra,
Tecendo e retecendo parábola,
Meu "desenredo"se enreda
Por veredas quase nunca desveladas/
A palavra é assim mesmo,
Cheia de manias, manhas, manipulações, idiossincrasias...
E a cada devir,
Pode-se despir.
A cada manhã, em fragmentos de tempo, um novo afã,
Um novo tecido se tece nos teares da linguagem,
Miragem
Espelho
Dispersão, opacidade.
Um vácuo, reticências...
Solidão de escriba...
O ponto da criação se perde e se encontra no ponto de mutação.
Já não sei se sou o outro
Ou se sou eu,
Mas sei não ser nem réu,
nem rei.
Mesmo no confronto descontínuo e silencioso, errava,
errei.
Errante. Ouso.
Viajo dentro do meu mundo,
Do meu "ser-tão",
Moribundo.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
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Dulcinéia é sempre uma surpresa. Parece até música do Caetano. Adorei o poema. Beijos
ResponderExcluirTambém adorei!
ResponderExcluirBeijos
Que linda surpresa, Dulcinéia.
ResponderExcluirAinda estou curtindo aquele finalzinho mágico " Errante. Ouso.
Viajo dentro do meu mundo,
Do meu "ser-tão",
Moribundo. "
Você é D+ !!!!